Foi assinado no Salão Nobre do Palácio do Buriti, um convênio de cooperação técnica e científica entre o GDF e a Fiocruz. A parceria irá gerar investimento na ordem de R$ 10 milhões em projetos de saúde digital para diagnóstico e tratamento de Covid-19. O carro-chefe dessa união será a implementação da telemedicina.
A expectativa é que esta plataforma de telemedicina, que está em fase de implementação, crie condições para que os pacientes sejam atendidos mais rapidamente pelo Samu e nos casos de urgência, acelerando a gestão de diagnóstico. Até o momento, são cerca de 250 voluntários cadastrados no projeto, contando com profissionais de Brasília e de outros lugares do Brasil.
“A telemedicina fará uma revolução na gestão de dados e na tomada de decisão no sistema de saúde”, garante o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Gilvan Máximo.
Os investimentos também serão direcionados na criação de uma rede cooperativa de ciência e tecnologia de saúde digital do DF, para o desenvolvimento de pesquisas tecnológicas de enfrentamento de doenças infectocontagiosas. Nesse sentido, a expertise de um laboratório com credenciais internacionais como a Fiocruz, criado em Brasília em 1976, será vital. “Trata-se de uma instituição respeitada internacionalmente, que foi nomeada como laboratório de referência pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para a Covid-19 nas Américas”, frisou Gilvan Máximo. “A Fiocruz, como instituição de ciência e tecnologia, conta com a participação do GDF para desenvolver ações no âmbito da ciência que sejam aplicadas no dia a dia”, reforçou Fabiana Damásio, diretora da Fiocruz Brasília.
O projeto, realizado em parceria com a Fundação de Apoio à Pesquisa (FAP/DF), um braço do órgão, está em fase de implementação e vai contar com residentes da Fiocruz Brasília. A expectativa é que os médicos façam o atendimento online por meio de um aplicativo a ser criado em conjunto pelas secretarias de Saúde, Ciência e Tecnologia e a Fiocruz.
“Será uma ferramenta de fácil acesso para desafogar as filas de atendimento na rede de saúde pública. É um projeto que vai revolucionar o modo de atendimento no sistema”, explica o gestor.
A parceria entre o GDF e a Fiocruz pretende ajudar também no desenvolvimento de pesquisas tecnológicas de enfrentamento de doenças infectocontagiosas. O que deve acontecer por meio da criação de uma rede cooperativa de ciência e tecnologia de saúde digital.
Em sua fala, a diretora da Fiocruz Brasília reforçou a importância da tecnologia na parceria. “É a tecnologia a favor da saúde, atuando como um instrumento facilitador no cuidado e acolhimento da população contra essa doença”, salientou Fabiana Damásio.
Participaram também do evento o secretário de Saúde, Francisco Araújo e o diretor presidente da Fundação de Apoio à Pesquisa no DF, Alessandro Dantas.
“É uma parceria importante porque vai incluir e dar dignidade às pessoas, com resultados positivos para a sociedade”, defendeu Francisco Araújo, da Saúde. “Iniciativas como essa são um testemunho do talento do brasiliense, que em pouco tempo tem pensado e apresentado propostas no sentindo de combater a difícil situação atual”, elogiou Alessandro Dantas, da FAP/DF.
LÚCIO FLÁVIO, DA AGÊNCIA BRASÍLIA